O SILÊNCIO - Convivência entre o poeta e o leitor, só no silêncio da leitura a sós. A sós, os dois. Isto é, livro e leitor. Este não quer saber de terceiros, não quer que interpretem, que cantem, que dancem um poema. O verdadeiro amador de poemas ama em silêncio... Mario Quintana
terça-feira, 15 de março de 2011
AMANHECI EM TI
Nos teus olhos vi o amanhecer que me abriu de novo a alma,
acordei a teu lado sem saberes,
despertei as células adormecidas em mim e voltei a viver,
renasci na areia que já tinha pisado,
e colei-me a ti.
Estou contigo sem saberes,
acompanho-te, sabendo que me sentes,
na forma de um sorriso que te preenche,
na forma de uma gota de perfume,
que te lembra que eu existo,
que te faz recordar aquilo que nunca fomos,
e te faz desejar ter mais, do que nos demos um dia.
Hoje, reabri a porta que amanhã se pode fechar,
quando traçares a tua noite por cima do meu Sol,
quando disseres ao vento que não vale a pena,
e quando as nuvens,
cúmplices da minha tristeza,
se juntarem a mim numa tempestade de lágrimas
que serão as minhas e as tuas.
Porque Eu sou Tu, e Tu és Eu.
Darcy Raposo
1995
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